A invisibilidade dos moradores de rua
No Rio de Janeiro, em Ipanema, um morador de rua passou mal, entrou numa padaria para pedir socorro e morreu lá mesmo. Seu corpo foi coberto com um saco plástico e aguardou duas horas a chegada do rabecão. Enquanto isso, clientes tomavam café como se nada tivesse ocorrido ali. O gerente alegou que não podia sair prejudicado.
A repercussão desse acontecimento revolve a questão da invisibilidade social. Em meio a tantas exclusões sociais, o grupo de moradores de rua sofre uma invisibilidade ainda mais acentuada. Assassinatos, agressões físicas e morais, omissão de socorro são recorrentes e passa a fase de exploração da notícia caem no esquecimento.
E essa população não para de aumentar. Dados do IPEA mostram que a população em situação de rua cresceu 140% a partir de 2012, chegando a quase 222 mil brasileiros em março de 2020. E esse número tende a aumentar, dada a crise econômica acentuada pela pandemia da Covid-19.
Sem políticas públicas claras, sem acesso a moradia, água, alimentação, higiene esse enorme contingente de pessoas depende exclusivamente da caridade.
O que poderia ser feito de forma emergencial e a longo prazo para minorar a situação essas pessoas? Queremos saber sua opinião.
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Carmen Lucia Assis da Silva - 5,0