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Adoção: o que é melhor para a criança?

Apesar de todas as conquistas da ciência no ramo da fertilidade, ainda há muitos casais que não conseguem realizar o sonho de ter um filho fruto do seu relacionamento. A adoção é uma alternativa para a realização do desejo de ser mãe ou pai.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça, no Brasil, para cada criança na fila de adoção há seis famílias interessadas, mas a discrepância entre o perfil idealizado pelos futuros pais e o das crianças na fila de adoção é um obstáculo. São cerca de 5.500 crianças para 33.000 famílias. E ainda há aqueles que saíram da chamada fila de adoção: são cerca de 44.00 crianças e adolescentes em abrigos e orfanatos.

E por que saíram da fila? Porque apenas 10% das pessoas que se candidatam à adoção querem crianças com mais de 5 anos. Muitos também exigem que sejam de cor branca e sem qualquer doença ou deficiência física ou mental.

O perfil das crianças na fila da adoção é muito diverso desse e pode ser explicado por sua origem, já que a maior parte delas vem de setores vulneráveis da sociedade.

Quando uma criança é abandonada o sistema judiciário, através dos Juizados da Criança e Adolescência, tenta localizar seus pais biológicos ou parentes próximos que queiram recebê-la, mas esse é um trabalho longo e difícil. E o tempo vai passando, e a criança crescendo. Por isso existe uma proposta de mudança na legislação que limite ao prazo de 1 ano a busca por pais ou familiares que aceitem a guarda de uma criança abandonada. Se nesse prazo essas pessoas não forem encontradas, essa criança iria para a fila de adoção.

Mas há profissionais que se posicionam contra, argumentando que é preciso se tentar sempre a opção da família com laços biológicos.

E você, o que acha? Deve-se limitar a um determinado prazo a busca pelos pais ou familiares de uma criança abandonada, findo o qual ela se candidataria à adoção? Ou deve-se aguardar e tentar encontrar alguém da própria família para receber essa criança?