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Redução das aulas de Ciências Humanas

A história não é nova, mas tende a se repetir. O ensino de filosofia foi extinto no Brasil, em 1972, em plena ditadura, e substituído por conteúdos ideológicos sob o nome de Educação Moral e Cívica. Só voltou ao currículo em 1986, embora de forma optativa até 2008 quando passou a ser obrigatória no ensino médio. Agora, recentemente, em Porto Alegre, a Secretaria de Educação propôs o fim da disciplina e a redução das aulas de Geografia e História.

A redução a carga de ciências humanas também está presente na reforma do ensino médio, decretada em 201 no governo de Temer. Que rebaixou disciplinas obrigatórias, como Sociologia e Filosofia para a categoria de estudos e práticas, dando mais ênfase a conteúdos de língua portuguesa e matemática.

Os que defendem a redução de carga na área de humanas usam como argumento o fraco desempenho das escolas no IDEB, o índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Como as disciplinas de humanas não são medidas, os gestores de educação propõem a concentração em língua portuguesa e matemática.

Entretanto, retirar dos alunos disciplinas da área de humanas, argumentam outros, significa também tirar a capacidade crítica para pensar, refletir e criticar  e, assim, intervir na sociedade.

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